19 de dezembro de 2011

Investir é preciso. Mudar o método educacional mais ainda por Davi Bandeira*

O que leio a respeito sobre investimentos em educação no Brasil não é brincadeira. Meios de comunicação divulgam notícias à respeito, sempre citando tais investimentos.
Mas será que investir em educação é apenas injetar dinheiro nesse sistema? No sentido cru da palavra parece ser, mas na prática esse investimento a meu ver ainda é o menos importante. Primeiro o que devemos fazer é abolir de uma vez por todas a maneira arcaica de ensinar que ainda somos obrigados a colocar em prática. Se investir em educação for preparar aluno apenas para vestibular ou enfiar goela abaixo do mesmo matemática, física e química sem que o aluno saiba sua aplicação, pra mim isso não é investir; e segundo, devemos capacitar melhor os professores e cobrar mais as coordenações e direções escolares por uma melhor organização escolar, que hoje é crítica, visto que não há uma boa fiscalização nas escolas atualmente.
O investimento em educação se dá em sentido mais amplo. Educar não é apenas formar profissional. O sentido de educar é o de proporcionar ao cidadão cultura acima de tudo. Aquilo que é produzido pela sociedade. É proporcionar a ele noção do que é política e sua importância, é despertar a curiosidade e o senso crítico, afinal, apenas a crítica de uma pessoa faz algum tipo de paradigma ser derrubado, faz algum tabu ser quebrado ou alguma mudança científica ser superada. Enfim, é o próprio desenvolvimento humano, a certeza da evolução.
Desta maneira, apenas destinar 4, 8, 10 ou 50% que seja do PIB (Broduto Interno Bruto) do Brasil para educação não é o suficiente, devemos alterar também a maneira como investir esse dinheiro. Resta saber se o governo brasileiro estará disposto à isso.
Outra coisa que acho pertinente ressaltar é a questão do uso do dinheiro que já é investido. Muito mau diga-se de passagem. Boa parte do que o governo federal distribui se perde pelo caminho... os governos estaduais recebem, há corrupção e falta de fiscalização; o dinheiro que sobra vai para a prefeitura em alguns casos, lá se perde mais uma parte da verba, há corrupção, etc... Ou seja, se o pouco que é invstido fosse bem utilizado muita coisa já poderia ter mudado. Aliás, esse problema de mau uso do dinheiro público não se dá apenas na educação mas em praticamente todo o sistema público. Estado hoje é sinônimo de estabilidade, mamata e cabide de empregos. Todo mundo quer entrar. A real função do emprego publico mudou e os processos de corrupção estão ai.
De maneira geral, creio que esses investimentos citados pela Dilma (que sabe lá quando vão ocorrer) são importantes, mas mais importante ainda é mudar o método de ensino. O que devemos fazer é focar no aluno de forma humana, pensando no TALENTO do mesmo, pois só assim teremos cidadãos mais humanizados, responsáveis e felizes na sua profissão, e não pessoas desumanas e infelizes no trabalho devido à falta de talento para a área (algo que deveria ser descoberto e trabalhado na escola).

*RA 420832
bandeira.davi@yahoo.com.br
NOTÍCIA BASE: http://www.jb.com.br/pais/noticias/2011/12/15/dilma-investir-em-educacao-e-tecnologia-aumenta-competitividade-do-pais/

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